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Sem Rede

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

Sem Rede

24
Jun13

Fragonard no exame de História da Cultura e das Artes do 12º ano

Redes

Uma das tarefas do teste de exame História da Cultura e das Artes do 12º ano baseava-se em quatro quadros. Entre esses, estavam estes dois: Fragonard, L'Amour-Amitié (1771) e Boticelli, quadro sem nome, de cerca de 1482, postumamente designado Primavera.

A questão que os alunos tinham de resolver é a seguinte: qual dos quadros se baseia na mitologia grega:

 

 

 

 

Se os dois outros quadros não me oferecem qualquer dúvida, pois são de evidente temática cristã, estes dois, uma vez que os alunos tinham que optar, constituem uma grande dficuldade. 

 

Em Botticeli, temos o vento Zéfiro a assediar Flora, ao lado da Primavera. Ao centro, Vénus, a deusa do Amor. Do outro lado, as três Graças, entretidas com a sua dança de costas para a ameaça que significa o "putto", na verdade, Cupido que é, como quem diz, o próprio Amor. Entretido  com os frutos, está Mercúrio, alheado das três beldades. Parece tratar-se duma história de Ovídio.

 

No quadro de Fragonard, temos um ato de declaração de amor. A rapariga segura uma carta que poderia ser um registo escrito dessa declaração.  Do lado direito, em forma de estátua, encontram-se Vénus e o Amor (Cupido). A designação do quadro Amour-Amitié remete para o domínio da alegoria de que os deuses greco-latinos são exemplo. Chamam-lhe também Confissão de Amor.

Esta designação tem duas leituras. A mais comum que é o arrriscado momento em que alguém se declara apaixonado ao objeto dessa paixão. O outro sentido é a confissão que o Amor tem de fazer a Alma no mito grego de Eros e Psyche. Eros, Cupido ou Amor é filho de Afrodite ou Vénus e apaixona-se por uma rapariga chamada Psyche ou Alma. Essa paixão inesperada - pois não é suposto o próprio Amor apaixonar-se - deve-se a um acidente em que o Amor se pica na própria seta. Há um momento em que se tem de declarar à jovem humana Psyche. A designação de "confissão" é aqui pertinente. Trata-se dum arquétipo de toda e qualquer declaração amorosa.

 

O Amor como uma personagem mítica e alegórica é frequente na pintura de Fragonard que se encontra em vários outros quadros. Por exemplo, Amour porsuivant une Colombe, aqui ao lado.

 

Não há dúvida que este quadro de Fragonard não era o melhor para contrastar com Primavera de Boticelli, do ponto de vista da mitlogia greco-latina.

 

Bibliografia:

 

Quadro de Fragonard em Similarthttp://www.similart.fr/amour-poursuivant-une-colombe

"Gaças" em Wikipediahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gra%C3%A7as

"Jean-Honoré Fragonard" em Wikipedia: http://fr.wikipedia.org/wiki/Jean-Honor%C3%A9_Fragonard

"Primavera (painting)" em Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Primavera_(painting)

11
Jun13

A morte de Satanás

Redes

Nada mais natural que a morte de um seja acompanhada pela morte do outro. Para os que celebram a morte de Deus, desde o famoso Assim falava Zaratrusta de Nietzsche, Satanás deixa de ter também razão de ser. Curiosamente, os satanistas encarregaram-se também de matar o pai, tal como o Vaticano tem feito http://www.apsatanismo.org/aps_frame.html. Enfim, Satanás, o diabo, está morto por todos os lados.

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