15
Jun07
O caso da DREN
Redes
O governo está a cometer um erro grave em não acabar de vez com o folhetim do professor Fernando Charrua e da DREN. Tudo ali é ridículo e despropositado. O dito professor é acusado de insulto ao primeiro-ministro por ter num restaurante desabafado "Estamos num país de bananas governados por um f. da p. de um primeiro-ministro".
Uma vez um aluno queixou-se-me de que um colega tinha ofendido a mãe com a referida expressão. Dei-lhe uma pequena lição de pragmática linguística para lhe explicar que a mãe nunca esteve em causa nessa expressão. O colega disse-lhe isso só porque estava furioso com alguma coisa que ele tinha feito - a mãe não tinha nada a ver com isso.
Sei por experiência que as pessoas quando se chamam "f. de p." em geral, fazem-no por se sentirem ofendidas, prejudicadas por alguém. A expressão não aponta para nada de específico na outra pessoa que não sejam factos como: tirarem-nos direitos que até aqui tínhamos como certos, como a expectativa da reforma para breve, a mudança de escalão na carreira tida como certa a breve trecho, os preços a subirem com o IVA e etc.
Discordâncias políticas num aceso debate num café ou num restaurante, com a língua solta, podem levar alguém habitualmente mais reservado a cair nesse tipo de linguagem que, para mim, é duma deselegância extrema e julgo que nunca utilizo.
A questão é a categoria que se deve atribuir à frase acima referida: é um caso de linguagem imprópria ou de insulto ao primeiro-ministro?
Penso que é do primeiro caso que se trata e não do segundo. Um insulto ou uma calúnia seria acusar ou insinuar maldosamente que o primeiro-ministro tinha feito algo condenável como desviar dinheiro, adquirir títulos académicos ilegalmente, ou o que quer que pusesse em causa a sua honorabilidade.
Uma vez um aluno queixou-se-me de que um colega tinha ofendido a mãe com a referida expressão. Dei-lhe uma pequena lição de pragmática linguística para lhe explicar que a mãe nunca esteve em causa nessa expressão. O colega disse-lhe isso só porque estava furioso com alguma coisa que ele tinha feito - a mãe não tinha nada a ver com isso.
Sei por experiência que as pessoas quando se chamam "f. de p." em geral, fazem-no por se sentirem ofendidas, prejudicadas por alguém. A expressão não aponta para nada de específico na outra pessoa que não sejam factos como: tirarem-nos direitos que até aqui tínhamos como certos, como a expectativa da reforma para breve, a mudança de escalão na carreira tida como certa a breve trecho, os preços a subirem com o IVA e etc.
Discordâncias políticas num aceso debate num café ou num restaurante, com a língua solta, podem levar alguém habitualmente mais reservado a cair nesse tipo de linguagem que, para mim, é duma deselegância extrema e julgo que nunca utilizo.
A questão é a categoria que se deve atribuir à frase acima referida: é um caso de linguagem imprópria ou de insulto ao primeiro-ministro?
Penso que é do primeiro caso que se trata e não do segundo. Um insulto ou uma calúnia seria acusar ou insinuar maldosamente que o primeiro-ministro tinha feito algo condenável como desviar dinheiro, adquirir títulos académicos ilegalmente, ou o que quer que pusesse em causa a sua honorabilidade.