"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) -
Wittgenstein.
"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) -
Wittgenstein.
Posso, em primeira mão, trazer para aqui evidência que arrasa completamente a tese de James Watson sobre a inferioridade intelectual, genética, dos negros. Durante os meus estudos no liceu, havia um negro que era muito melhor a matemática do que eu. Ora assim como eu não era, com certeza, o melhor branco a Matemática, também não posso afiançar que não haja negros ainda melhores do que aquele meu colega. Agora o que eu posso comprovar é que ele era mais inteligente do que a minha criada branca, já que era melhor do que eu. Se raciocinarmos do mesmo modo de Watson, concluiremos que aquele meu colega era mesmo melhor do que todos os brancos ou negros, criados domésticos ou não do Sr. Watson.
Um relatório da inspecção escolar britânica mostra que o rendimento determina em cerca de 50% a probabilidade de ter boas classificações no ensino secundário. Lembro que "Secondary", no sistema inglês, inclui classes do 7º ao 14º ano de escolaridade (de 11/12 a 18/19 anos de idade). Dito de outro modo, jovens de famílias com rendimentos baixos, estão à partida com 50% de probabilidades a menos dos que pertencem a classes de rendimentos elevados. Na suposição de que o relatório coincide também com a nossa realidade, podemos concluir que ao classificar os professores pelos resultados escolares atribuídos por eles próprios, o Ministério de Educação nunca saberá se está a premiar ou a castigar a sua capacidade para vencer as barreiras sociais ou a sua arte de escamoteá-las. Veja o artigo no Guardian: http://education.guardian.co.uk/ofsted/story/0,,2193573,00.html?gusrc=rss&feed=8
De Fernando Madrinha no Expresso, sobre as conclusões do inquérito ao caso da Covilhã: "Ouvindo polícias e sindicalistas, ficámos a saber que, afinal, o contacto entre eles, em situações como a desta visita do primeiro-ministro à Covilhã, não só é legítimo como rotineiro." Apetece-me dizer: "Não pago cotas para isto!". Ouvi uma sindicalista, dita socialista, a protestar por os comunistas voltarem a aparecer como "o papão", nas palavras do primeiro-ministro. Tenho vontade de lhe dizer: vá aos países do leste europeu e pergunte às pessoas o que elas pensam dos comunistas que as governaram durante décadas. Repare-se que eram países que o PCP apresentava como modelares, aonde Álvaro Cunhal era recebido como herói. Para mim, é muito claro, o socialismo democrático tem dois inimigos declarados: comunistas e fascistas. Se o Partido Comunista tivesse maioria absoluta não tenho a menor dúvida sobre as suas primeiras vítimas: os socialistas. Isso aconteceu em muitos lugares. Veja-se 1917 e os anos subsequentes, socialistas-revolucionários e mencheviques eliminados, após o tomada do poder de Lenine em S. Petersburgo. Uma maravilha: os sovietes sem outra representação que não a dos bolcheviques, quando ainda uns meses antes eles eram maioritários!