Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Sem Rede

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

Sem Rede

25
Jun08

O eduquês no seu melhor

Redes

O eduquês não é bem um dialecto, porque atravessa várias línguas e, além do mais, tem uma série de proposições predefinidas. É, pois, mais uma espécie de discurso, do que uma gíria. É um pano de fundo, ao qual nenhum profissional da educação escapa. Mas aparece sob uma forma de linguagem técnica, por vezes inextricável para os comuns mortais que têm a infelicidade de ler textos dela oriundos.

No final dum artigo sobre os exames do 12º ano1, o Professor Carlos Fiolhais pede para descodificar o seguinte enigma:

"Os exames nacionais são instrumentos de avaliação sumativa externa no Ensino Secundário. Enquadram-se num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos e, paralelamente, revelam-se instrumentos de enorme valia para a regulação das práticas educativas, no sentido da garantia de uma melhoria sustentada das aprendizagens."

Resolvi, com a maior inocência, levar a sério o repto e enviei-lhe um email com a significação, tal qual Daniel perante o rei Nabucodonosor, a revelar-lhe os seus sonhos:

Penso que o enigma referido no seu artigo sobre o GAVE ("Errar muito é desumano") tem a seguinte solução:

  • "instrumento de avaliação sumativa externa" - Os exames servem para medir as aprendizagens realizadas". "Sumativo" distingue-se de "formativo"; este respeita à avaliação durante um dado período de aprendizagem, aquele aos resultados, após o término do dito período, neste caso, "ensino secundário". É "externa" porque não é da responsabilidade do próprio professor.
  • "enquadram-se num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e (...)" - certifica as disciplinas em conjunto com as classificações dadas pelo professor.
  •   "instrumento" para a "regulação das práticas educativas" - informa os professores e os responsáveis pedagógicos aos mais diversos níveis sobre o desenvolvimento dos programas.

Se alguém encontrar erro na minha tradução, agradecia um comentário.

 

1"Errar muito é desumano", Público, 20 de Junho de 2008

25
Jun08

De novo: as notas

Redes

De novo, o mesmo de sempre: votações de notas em conselhos de turma, não por se julgarem injustas, imprecisas ou mal elaboradas, mas apenas para permitir que alguns alunos "transitem de ano", salvaguardando a regra do número de positivas determinado, para evitar a repetição da repetição de ano ou para permitir a um certo aluno seguir uma certa via (CEF, por exemplo).

Nua e cruamente: para evitar os males acima referidos, o nosso sistema obriga a mentir descaradamente, a modificar notas atribuídas. Alunos que nada sabem de História têm classificação positiva para não continuarem a pastar no mesmo ano lectivo.

Os professores transformam-se em sociólogos e assistentes sociais atribuindo coeficientes de exclusão social às notas, suas ou dos colegas. "3" a Matemática pode siginificar apenas: "criança com média de 25% nos testes, mas com graves dificuldades em casa". Há outros coeficientes em jogo, nesta roda viva de conotações. Há também o aluno "que não aprende o suficiente porque não consegue mais" e que, por isso, recebe "3", que acaba por ser o nível mais inflacionado.

O problema é o seguinte: o que significam estes números, níveis ou lá o que são?

E eu? Entro no jogo? Claro! Então não estou a ver que se o rapaz ficar mais um ano no 6º ano, desespera e não faz mesmo nada?!

Remeto para um artigo anterior: As Notas.

25
Jun08

Cá como lá - sindicatos de professores, prémios e bloqueios

Redes

É só uma questão de traduzir e encontrar-nos-emos todos na mesma aldeia.
Também nos EUA, são os sindicatos de professores acusados de bloquear as reformas educativas, de proteger os maus professores e de se oporem-se à livre-escolha da escola
pública. A mesma ideia de premiar os bons professores (the teacher of the year), perseguir os sindicatos e pagar os professores de acordo com o mérito.
O "site" em causa pretende expor os piores professores. Queixam-se da dificuldade em despedir-los. A resposta sindical é: é porque não fazem isso com outras profissões?

http://www.uscharterschools.org/pub/uscs_docs/o/index.htm

http://www.teachersunionexposed.com/blocking.cfm

http://www.edreform.com/index.cfm?fuseAction=section&pSectionID=5&CFID=9735514&CFTOKEN=69257254

http://www.reason.com/news/show/36802.html

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Wikipédia

Support Wikipedia

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2011
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2010
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2009
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2008
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2007
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2006
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2005
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
  248. 2004
  249. J
  250. F
  251. M
  252. A
  253. M
  254. J
  255. J
  256. A
  257. S
  258. O
  259. N
  260. D