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Sem Rede

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

Sem Rede

17
Out11

Então, e a igualdade de oportunidades? (continuação do post anterior)

Redes

"Então, e a igualdade de oportunidades?"

"Isso é o que os liberais reivindicam. Os socialistas têm que ir mais longe"

"Todos com sucessos diferentes na vida, mas com igualdade plena perante a lei!"

"Todos com as mesmas oportunidades na vida, mas o que cada um consegue é consigo próprio, é da sua inteira responsabiblidade"

"O livre arbítrio: colhe o que semeaste!"

"Nós queremos mais do que isso. Queremos que todos tenham sucesso e achamos que é uma anomalia um aluno na escola não conseguir singrar nos estudos. Quando isso acontece, alguém está mal: a família, os serviços sociais, etc. Menos a própria criança. Ou ela tem um carimbo que a desculpa - disléxia, hiperatividade, síndrome de down, etc. - ou alguém é culpado pelo seu insucesso"

"Mas será que queremos mesmo a igualdade de oportunidades? Essa é a questão que te coloco."

"Evidentemente, defendo com unhas e dentes todos os apoios que o estado dá no sentido de afirmar a igualdade"

"Todos devem ter igual acesso à educação, à saúde, etc. Mas achas que todas as crianças têm as mesmas oportunidades que os teu filhos? Por exemplo, um dos teus filhos pratica natação e estuda inglês e música em escolas privadas"

"Não, infelizmente não podem, pois as famílias mal têm dinheiro para as ter na escola pública."

"E lembra-te daquela nossa amiga que tem uma criança com síndrome de down. Ela recebeu uma herança bastante grande que lhe permitiu criar já uma série de recursos para a filha. Por exemplo, a miúda vai ter um casa própria e uma bolsa mensal que lhe permitirá sobreviver quando a mãe já não a puder ajudar. Achas que esta criança tem as mesmas oportunidades do que outras crianças na mesma situação?"

"Não, tem melhores oportunidades do que outras que poderão contribuir mais para a comunidade."

"Se queres igualdade de oportunidades, não deverias preocupar-te com o que podes fazer no sentido de que as outras crianças tenham o mesmo do que os teus filhos têm?"

"Tenho que reconhecer que sim. Mas o que é que poderíamos fazer"

"Por exemplo, poderíamos proibir o negócio das escolas privadas. Isto é, nenhuma escola poderia pedir pagamentos pelo seu ensino, pois todos têm o mesmo direito ao ensino seja da música, seja da natação. Como, por exemplo, acontece na Finlândia."

"Não, não estou disposto a esperar que haja boas condições para todos terem acesso. Quero pagar já tudo o que os meus filhos precisarem."

"Podíamos também proibir a herança. Quando uma pessoa morre, tudo o que tem passa para a comunidade de maneira a impedir que uns comecem a vida com melhores condições do que outros. Também se todos têm direito à saúde, à educação e ao trabalho (de acordo com as suas competências), para que precisarão daquilo que os pais lhe poderiam deixar?"

"Não, não desejo isso, quero preparar a vida dos meus filhos tão bem quanto possível e essa é um das minhas motivações para trabalhar e subir na vida."

"Então tens que reconhecer que és contra a igualdade de oportunidades."

"Mas eu quero que o estado apoie aqueles que têm menos recursos do que eu para dar aos meus filhos"

"Penso o mesmo que tu. Também sou contra a igualdade de oportunidades que seria uma imposição necessariamente feita por baixo. Acho que os pais têm que ter o direito de fazer o melhor possível pelos seus."

"Mas ficamos ofendidos com a miséria, com a falta de oportunidades e, sobretudo, com o talento desperdiçado por falta de condições."

"É isso. Queremos políticas públicas que ofereçam condições e oportunidades a toda a gente. Mas não abdicamos do nosso compromisso - primeiro - de favorecer ao máximo os nossos filhos. Mas a igualdade de oportunidades é também ela tendencial. O estado, isto é, todos nós, deve compensar desvantagens. Sabemos que o talento vence as piores adversidades e, muitos singram com carências insuportáveis. Mas, como socialistas que nos prezamos ser, queremos mais do que uma pesca de talentos nas classes mais desfavorecidas. queremos que todos tenham direito à educação, à saúde, etc. Queremos que ninguém fique desamparado sem saber o que há-de fazer da sua vida. Mas a igualdade de oportunidades é um slogan hipócrita. Estou em crer que a maior parte dos que o defendem são na realidade contra ele"

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