Um lobo no rebanho
Uma pacata aldeia, localizada a 30 km de Hannover está em estado de choque. Descobriram com estupefação que um dos seus vizinhos - um homem reservado, mas afável - era um assassino há muitos anos procurado pela polícia. Holger G. pertencera à célula terrorista neonazi de Zwickau que, entre 2000 e 2007, assassinara oito emigrantes turcos, um grego e uma agente da polícia, assaltara bancos e preparara ataques bombistas. Holger seguia os hábitos dos cidadãos «normais», passeava o cão e saudava os vizinhos.
Como é que um dos protagonistas de acontecimentos tão recentes pode viver numa aldeia sem levantar suspeitas?
Qualquer que seja a inocência destes pacatos aldeões, ficam de pé várias questões para os alemães resolverem. Uma delas é a responsabilidade que partidos da extrema-direita têm nestes crimes e na proteção aos criminosos procurados pela polícia.
Para nós, ovelhas e cordeiros, fica a advertência de que lobos se podem abrigar escondidos no rebanho, à espera de novas oportunidades para arreganharem os dentes.