Wir Lehrer gegen die Rechtschreibreform
Parece que é impossível fazer uma reforma ortográfica sem uma grande polémica e sem muita oposição. Os que divergem da mudança não sugerem nunca mudanças em sentido contrário, apenas se opõem a mudar os seus hábitos ortográficos. Tudo se resume ao seguinte - como está é que está bem. A escrita das palavras é uma aquisição feita em tenra idade. É uma norma cultural. A forma escrita da palavra, assim como as regras que aplicamos com todas as racionalizações que explicam as exceções tornam-se coisas absolutas que não queremos ver alteradas nem tidas à conta de meros arbítrios.
Na Reforma Ortográfica dos anos 90 na Alemanha, houve um estado - Schleswig Holstein - que resolveu desobedecer e não aderir ao acordo que envolvia três países - Alemanha, Suíça e Áustria.
Desenvolveu-se por toda a Alemanha o movimento "Wir Lehrer gegen die Rechtschreibreform" - Nós professores contra a reforma ortográfica.
Contudo, a nova ortografia aí está. Eu mal sei como era a anterior, pois já me basta a difiuldade do idioma para me preocupar com a história recente da sua escrita.
Fui alertado para este facto particular pela obra Spelling and society: the culture and politics of orthography around the world.
