ASRA Q. NOMANI - a confissão de uma votante de Trump
Num artigo reproduzido pelo Público, Asra justifica o seu voto em Trump. Sendo muçulmana, de origem indiana e nascida lá, ela seria o protótipo dos americanos que repudiariam o novo presidente. Pela sua justificação, percebemos que o seu voto se explica pela negativa: não está contente com o Obamacare nem com as cumplicidades entre Hilary Clinton e as monarquias islâmicas sunitas.
Em tudo o resto, Asra está contra Trump, mas valorizou sobretudo aqueles dois itens.
Talvez o milionário chefe de estado não deixe os seus emails cairem na pública, mas não creio que ele venha a fazer qualquer revolução nas relações entre a América e a Arábia Saudita. Não iniciará, com certeza, uma guerra contra os sauditas por causa do seu apoio camuflado aos radicais, nem tampouco prejudicará qualquer interesse financeiro ou energético dos EUA. Muito pelo contrário, a sua política industrial expansionista tornará a América ainda mais dependente do petróleo daquela região e, portanto, mais subserviente ainda do que seria Hilary.
Mesmo que ela esteja protegida contra Trump, assim como a generalidade dos muçulmanos com nacionalidade americana, muitos imigrantes ilegais, sem papéis e muçulmanos, estarão tramados com a política migratória que se desenha nos próximos tempos.
Um trabalho notável em prol das mulheres islâmicas é uma marca de Asra, mas não a sua imagem de eleitora.
I’m a Muslim, a woman and an immigrant. I voted for Trump. - no Público
Sou mulher, muçulmana e imigrante. Votei em Donald Trump - no Washington Post