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Sem Rede

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

"Sobre aquilo de que não conseguimos falar, é melhor calarmo-nos." (Was sich überhaupt sagen lässt, lässt sich klar sagen; und wovon man nicht sprechen kann, darüber muss man schweigen) - Wittgenstein.

Sem Rede

13
Out11

Krugman sobre os protestos de Wall Street

Redes

Agrada-me ver Paul Krugman a fazer o contraponto entre o Tea Party e o Occupy Wall Street nas páginas do New York Times (http://www.nytimes.com/2011/10/10/opinion/panic-of-the-plutocrats.html?_r=1&WT.mc_id=NYT-E-I-NYT-E-AT-1012-L23). Mostra como as críticas endereçadas por gente da área dos republicanos aos protestos de Wall Streeet baseia-se nos interesses de uma ínfima parte da população. Trata-se de facto de "plutocratas em pânico". Pelo contrário, os acontecimentos relacionados com o Tea Party tiveram aspectos de desordem e violência maiores do que o Occupy... onde Krugman assinala alguma sobrerreacção policial.

Que temem então os mais ricos de entre os ricos? Que algumas das reivindicações dos revoltados façam o seu caminho. Hiperreagiram, por exemplo, quando lhes foi exigido pela "Volcker rule" que os bancos que beneficiassem de garantias do estado não pudessem envolver-se em actividades especulativas de alto risco.

Krugman mostra muito clareza na distinção que faz entre os que enriquecem na actividade económica e na inovação tecnológica como Steve Jobs e os que vivem de esquemas financeiros altamente complexos que têm apenas como fim captar fluxos de capital para as suas contas sem benefícios para mais ninguém a não ser eles próprios. Ora, é esta gente de Wall Street que consegue, apesar da sua imensa riqueza, pagar menos impostos do que profissionais da classe média e que se encontra em pânico com os indignados que gritam à sua volta.

Não há dúvida que a relação entre a economia real e a actividade financeira ganhou uma grande atualidade. É bom lermos uma voz autorizada como a de Krugman a nos dizer isto mesmo para nos podermos rir dos banqueiros que querem dar lições de moral aos seus concidadãos como se as fontes da sua riqueza estivesse ao abrigo de qualquer reparo.

18
Jul11

Ai! Que moodys!

Redes

 

(Imagem extraída de goldenbroker.com)

 

Os ratings das agências financeiras estão a pôr em causa o orgulho nacional dos cidadãos dos países que descem na escala que classifica a sua dívida. Como se pode ver, os EUA e o seu presidente não escapam a esta mágoa.

Dívida dos EUA: chegou a «altura de decidir» | agência financeira

Vale a pena pensar um pouco sobre o valor destas classificações. No caso em apreço, o que a Standard & Poors está a fazer é apenas a pressionar os republicanos para se entenderem com os democratas. Eles só se importam com a sáude financeira do Estado no sentido em que a dívida mantenha o mesmo grau de segurança para os investidores. Se os EUA entrarem em incumprimento, os títulos de dívida serão menos atractivos. A Standard & Poors recebe dinheiro do governo para lhe dar essa classificação, mas se ela for menos credível, os investidores olharão para as notas dadas por outras agências. Por isso, todas se adiantam com novas classificações, logo o cenário político e financeiro mude.

O que está aqui em jogo é um negócio com a credibilidade dos que se endividam, no que respeita aos países.

Deve o nosso orgulho nacional ficar magoado, humilhado, decepcionado, por causa disso?

Connosco, aconteceu tudo muito rápido. No princípio deste ano, ainda estávamos no A3, embora já longe do AAA dos países do pelotão da frente da Europa. Quando a Moodys mudou o nosso "rating" para perto de lixo, os nossos pastéis de Belém, o sol, o mar e a areia das nossas praias, as nossas empresas de alta tecnologia e a nossa magnífica culinária continuaram tão boas como antes. O que aconteceu foi apenas que a nossa capacidade de endividamento diminuiu, coisa para que, há muito, nos alerta, a nossa Cassandra de serviço que é o Professor Medina Carreira.

Ora na justificação da nota, a Moodys diz o que o Bloco de Esquerda pede: que existe o perigo de restruturação da dívida.

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